Letra da Música Pelas Calmas Madrugadas de Tony Acosta

Nestas noites, longas e serenas
Em que o sono foge da invernada
Passo a reprisar, meu próprio mundo
Pela calma das silentes madrugadas

Recostado na m'ia cama de pelegos
As mãos na nuca pra altear o travesseiro
Fico pensando, nestas lides da campanha
Homens do campo, outrora tão guerreiros

Nos ventos que flauteiam os alambrados
Fazem costados para o grilo cantador
É o mesmo ranger dos velhos bastos
Trono sagrado, de um velho domador

Nestes poetas, que por vontade própria
Das letras mortas, vão tirar o seu refrão
Nas chinas lindas, de cabeleiras trançadas
Choromingadas, nas cordas de um violão

No "joão tropeiro", que passa estrada afora
Hoje, sem tropas pois seu tempo já passou
E nas taperas, pelos fundões d'invernadas
Enraizadas, pois o tempo as perpetuou

E por fimas janelas do meu rancho
Vão se fechando, por findas a madrugada
E entre as frestas vai surgindo a luz do dia
Anunciando o porvir d'uma alvorada