Letra da Música Margens Plácidas de Siloque

Torrentes de chuva ácida corroem as margens plácidas
Dessa pátria pária que é sul americana
Indústrias farmacêuticas, sucroalcooleiras
Te enforcam com a bandeira brasileira
Amarela, verde e vermelho escarlate, e há sempre um bom debate
Pra arte do abate e vai haver um reajuste
Custe o que o que custar eu sei que é um truste
Inflação quebrando as pernas do povo, de novo
De novo com a corda na garganta
E o povo sempre canta mais um novo réquiem
Mas isso não adianta, se hoje te desencanta
Então saiba meu amigo, tempos cabulosos vêm
Novo nível: recessão. faça desse berço esplêndido sua rústica prisão
A raiz que do berçário, te toma como um corsário e modifica sua visão
E ação que é terrorista te ultrapassa nessa pista e haja dor no coração
Se o penhor dessa igualdade fosse justo de verdade
Haveria menos sangue, menos criminalidade
Pelas ruas da cidade vejo mais um indigente decadente
Vejo uma pá de gente reclamando e o que é pior
Se tudo tava punk, desencanto no palanque já se tornou hardcore
Milhões de ímpias falanges apresentam face hostil
É sonhar com a pátria livre, irmão e morrer pelo brasil em vão
É sonhar, é viver, e sonhar, é morrer, é chorar e é sofrer

Lizot sodomizou, chagnon prostituiu
I'm sorry yanomami e a missionária consentiu
Princesa yarima, e good só latiu
Só era uma menina, and welcome tô brasil
Alguns pedem que oremos, que nos alistemos
Não vai ficar por menos o tira-sono que vivemos
Nós sabemos por que lemos, da fonte nós não bebemos
Me conte, pois nós queremos saber quando atingiremos o plausível
Antes que transformem ódio em mais combustível
Antes que a desordem não esteja compatível
Antes que transborde sangue por um mal inesquecível
Antes que o fim de tudo torne o brasil perecível
A dor que você sente em seu peito juvenil
A broca no seu dente já sem garbo varonil
Brava gente brasileira, hoje há temor servil
O pulmão do mundo berra e é terror o que cê viu
Prevenido não se atrasa sai de casa de colete
Vai na fé, respira fundo entre a cova e o piquete
Aprendendo esse macete da perfídia astuto ardil
É sonhar com a pátria livre irmão e morrer pelo brasil em vão
É sonhar, é viver, e sonhar, é morrer, é chorar e é sofrer