Letra da Música Arrebenta Com As Correntes de Mc Tee

Todos vivemos num palco de felicidade encenada,
com uma mordaça na boca, tapada, e a vista vendada,
fios de nylon nos membros, com mãos tão hábeis no extremos
a controlar o que fazemos, o que pensamos e dizemos
e todos nós somos cegos, com sensação de visão
sem precepcção da realidade, filhos da escuridão
somos robôs programados, já sujeitados, cingidos
treinados, manipulados por uma caixa com um vidro!
todos fechamos os olhos, todos tapamos os ouvidos,
todos fingimos que não vimos, o que é tão óbvio e seguimos,
e mentimos a nós próprios mesmo sabendo a verdade,
pondo as nossas carteiras na balança da felicidade,
e fazemos o que é correcto, só porque está no decreto,
mesmo que não achemos certo, plo menos é mais selecto
plo menos é etiqueta, plo menos já aparenta,
plo menos temos respeito nesta sociedade nojenta!

mas ninguem pensa em doenças e epidemias, em guerras,
homens morrendo por terras todos os dias,
a crise na ecónomia, desatre na ecologia, sobrania da burguesia, povo: barriga vazia
tiranía, hipocrisia, sádia xenófobia, desigualdade, rebeldia, infantil pornografia,
e a lista continuaria, pergunto com ironia,
se é esta a fotografia que nos causa tanta vontade de viver nesta porcaria!
satisfação fingida, submetidos a uma lista de regras pré-definidas.
presos quase dementes, com as mentes quase dormentes,
acorda! estás consciente? Arrebenta com as correntes!!!

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Arrebenta com as correntes
Liberta te do sistema abre os olhos da tua mente, acorda para o problema
Arrebenta com as correntes
Mostra ao mundo que és diferente, que cagas prós preconceitos, que cagas pra toda a gente!

-(apenas na segunda versão):
(arrebenta com as correntes,
acredita que és capaz, que o mundo não tem a força pra te conseguir parar!
arrebenta com as correntes,
mostra ao mundo que é diferente que cagas prós preconceitos, que cagas pra toda a gente!!!)----

Todos nós vestimos, falamos, agimos, pensamos, andamos
como alguem assim o ditou que façamos
mas pergunta te a ti próprio se era assim que serias,
se a sociedade em que vives te deixasse seres como querias,
abdicarias da chance, de poderes ser tu próprio
sem mentires a ti próprio sobre o que em ti é tão óbvio,
e dares a cara ao planeta, sem etiquetas nem petas
e obteres o respeito sem precisares dessas tretas,
sempre ouvi dizer que a imaginação é o limite,
mas ela só avança até onde a censura o permite...
por isso esqueces quem és, porque assim foste ensinado,
que esta vida é uma merda, e que sonhar é errado,
e vives abafado, estrangulado por uma gravata,
que te consegue respeito mas torna a vida tão chata,
a mascara cinzenta, na frente da tua cara, esconde ao mundo que no fundo,
por dentro tens uma tara,
e o tempo não para, passa por ti sem dar aviso,
e quando dás por ti, já estás no dia do teu juízo,
a lamentares ter sido apenas um fantoche em cena,
e teres usado o dom da vida como um escravo do sistema!
então acorda enquanto é tempo! escapa do labirinto!
vai! liberta o sentimento por dentro, segue o instinto que sentes
sê genuíno! abre a tua mente e sonha!
assume aquilo que és, sem ter medo nem vergonha!
aquilo que o mundo pensa, aquilo que o mundo diz é insignificante!
jamais te fará feliz! a mim próprio fiz uma jura de fidelidade,
de respeito aos meus principios e á minha verdade!
Arrebentei com as correntes, mais nada me regula!
a minha vida é só minha, mais ninguem a manipula!
serei rejeitado, e aclamado insólito,
mas ninguém me acusará de ter mentido a mim próprio....

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