Letra da Música Marítmo de Horácio Dib
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Veja abaixo a letra da música que separamos para você!
O frio que te deu, amor
Eu mesmo que assoprei
Dos mares que cruzei, amor
Eu trago vento e Deus
Eu trago a chuva forte, amor
Nos pulmões carregados
E nos olhos tão cansados, amor
Vigio o eterno Norte
Trago a chuva
Vento e Deus
As mãos que agora tocas, amor
Beijavam cordas brutas
E não sei se escutas, amor
O odor que delas brota
O peito em que descansas, amor
Era todo de ferrugem
E ainda hoje ruge, amor
O sal de muitas rotas
Trago os olhos salgados
De um mar velho e arredio
E trago no peito tardio
Demônios e tornados
O copo entornado
Gemia seus balidos
E eu com os olhos menos garridos
Orava ao vento e Deus
Minha vela não tem pavio
São mil fios costurados
E no alto só há pecados
E não luz lambendo o fio
Minha vela bebe os ventos
E não tem medo de apagadas
Só das chuvas amargadas
E de braços desatentos
Minha vela não clareia
Nem perdoa quem a queima
Só sentencia com quem teima
Aos infernos e às sereias
Minha vela não tem santos
Só fodidos e pernetas
Só esquálidos capetas
Cujas rezas são os prantos
Minha vela não vai ao peito
De pobrinhos falecidos
Mas é ela quem leva os desvalidos
Homens ao eterno leito
Não é com ela que se enterra
Vidas alheias em valas fundas
São nossas vidas moribundas
Que ela com as próprias mãos encerra
Eu mesmo que assoprei
Dos mares que cruzei, amor
Eu trago vento e Deus
Eu trago a chuva forte, amor
Nos pulmões carregados
E nos olhos tão cansados, amor
Vigio o eterno Norte
Trago a chuva
Vento e Deus
As mãos que agora tocas, amor
Beijavam cordas brutas
E não sei se escutas, amor
O odor que delas brota
O peito em que descansas, amor
Era todo de ferrugem
E ainda hoje ruge, amor
O sal de muitas rotas
Trago os olhos salgados
De um mar velho e arredio
E trago no peito tardio
Demônios e tornados
O copo entornado
Gemia seus balidos
E eu com os olhos menos garridos
Orava ao vento e Deus
Minha vela não tem pavio
São mil fios costurados
E no alto só há pecados
E não luz lambendo o fio
Minha vela bebe os ventos
E não tem medo de apagadas
Só das chuvas amargadas
E de braços desatentos
Minha vela não clareia
Nem perdoa quem a queima
Só sentencia com quem teima
Aos infernos e às sereias
Minha vela não tem santos
Só fodidos e pernetas
Só esquálidos capetas
Cujas rezas são os prantos
Minha vela não vai ao peito
De pobrinhos falecidos
Mas é ela quem leva os desvalidos
Homens ao eterno leito
Não é com ela que se enterra
Vidas alheias em valas fundas
São nossas vidas moribundas
Que ela com as próprias mãos encerra
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Ficha Técnica da Música Marítmo
Número de Palavras | 191 |
Número de Letras | 1331 |
Intérprete | Horácio Dib |
Na tabela acima você vai encontrar dados técnicos sobre a letra da música Marítmo de Horácio Dib.