Letra da Música Retrato de Uma Civilização de Azoo

Andando nas ruas
Perdidos nos becos
Miséria não necessita de atenção
Pense antes de apertar o botão
Vidas supridas de lixo
Embrulhos já não são tão bonitos
O que sobra dos ratos alguém ira comer
A fome é algo que a briza não faz esquecer

O que vai me mostar
O que devo fazer

Cenas se repetem
No centro da cidade
Nessa terra de reis
A marca do vinho já altera o sabor
Essas histórias
Idas sem voltas
O carnaval acabo pra você
E pra muitos isso não tem nada vê

O que vai me mostar
O que devo fazer
Preciso encontrar
Um tempo, motivo e lugar


Não vou mais me deixar levar

Por algo que me impeça de sonhar

Corpos sem coração

Se levantarão

Em algum lugar onde a razão

Merece ser ouvida

Para além dos sentidos propagar

De norte a sul
Caminhamos pra frente
E a cada passo
Vemos destruição
O corpo sustentado pelo copo
Cigarro dançando entre os dedos
Assim assistindo cada jogada desse tabuleiro
Onde boas maneiras não passam da porta de casa
E a lei da sobrevivência é realidade na vida de muitos brasileiros
Tapar o sol com a mão não evita a queimadura
Fingir que o problema não existe não faz ele desaparecer

O que vai me mostar
O que devo fazer
Preciso encontrar
Um tempo, motivo e lugar