Letra da Música #1 de Peko

Vida conturbada confusões na minha mente
Tanta coisa para fazer e eu preciso parar de repente
Tanta coisa para eu planejar muito mais coisa
para eu realizar
Preciso de um tempo quem sabe um ano
para eu poder respirar

Pessoas fantasiando a dor com falso sorriso
Eu uso esse termo para tentar ser menos ofensivo
Mascarando a tristeza, pulando sem motivos
Quando o Dj da play no set destruindo os ouvidos

Olho para o lado e para o outro
para poder entender o que está acontecendo
Bebida, balada, doce e um veneno
e os neurônios apodrecendo
Se isso é uma qualidade ou defeito tudo do mesmo jeito
Padronizando até o seu gosto felicidade
no fundo do poço

Enganando a si mesmo, dizendo que está tudo bem
Trabalhando a semana inteira para poder ser alguém
Refém da mina de vestido curto
decote forçando algum conteúdo
Maluco tentando não tendo assunto
até eu entendo que quer levar tudo

Buscando a solução, em bens materiais
Essa é a geração que envergonha os nossos ancestrais
O carro agora virou amuleto é tipo chamariz de peito
Pega mais bebida para essa mina
não notar seus defeitos

Que virou qualidade, não importa a sua idade
Novinha descendo até o chão vira de maior na boate
E nada faz sentido, quando a batida vira
Ainda chama musica o que trata mulher como vadia

Cada dia, mais seguem sem se importar com os outros
Amigos eu tenho mas prefiro que sejam bem poucos
Enquanto os outros buscam
um caminho diferente para fugir
Uns fazendo peso na terra sem ter um motivo para existir

Aprisionaram a tristeza, contaminaram a alma
Eu fujo para beber, esquecer e manter a calma
Muito depressa o mundo se entrega, estamos a mercê
Como um navio navega para o ice Berg, sem perceber

O rosa mais bonito é o laser, não mais a flor
O brilho dos olhares ofuscados pelo refletor
A batida, do coração abafada pelo autofalante
Colecionando garrafas vazias de um espumante

E quando a balada fica vazia sobra copos amaçados
Sentimentos amargurados e uma semana de trabalho
5 dias de escravidão, 2 dias para se viver
A vida passa em vão e você vive sem perceber

Tão cheio desse mundo a indiferença de uma lagrima
Escrever não me alivia, minha voz não se propaga
E todo fim de ano é o mesmo papo estressante
31 de dezembro e você que não fez nada de importante

E a tela do celular afasta as pessoas e te hipnotiza
Esbarra com um amigo na rua
mas só percebe quando desliga
E o corpo segue apenas o caminho
que somos conduzidos
E quando a consciência desperta
a morte começa a fazer algum sentido