128 letras de Músicas de Mauro Moraes: Baixar MP3, Significado, etc.

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  1. 1A Boa Vista do Peão de Tropa
    Nos rincões da minha querência arrabaleira conforme a vontade. Me serve um mate pampa minha nesta vidinha que me destes. Antes que embeste a novilhada pra o mundo alheio das porteiras. Sa&#x...
  2. 2A Caso Onde Moro
    Acontece na casa onde moro uma fome. De só querer se gostar. Uma cara vermelha tentando se consumar. Uma janela desengonçada, um mapa. Uma notícia ainda por vir. A pé ou a cavalo,...
  3. 3A Cusco E A Manaço
    Quando esparramo meu laço. Calçando o zaino na espora. Num combate campo a fora. Contra um boi mandando pata. Quis a "mala suerte" ingrata. Que eu errasse aquele pealo. E que rodas...
  4. 4A Mango E Bico de Bota
    Quando a cuscada não sai no rodeio falta um touro. Que faz tempo não escuta a toada do mesmo couro. Pegando de vez em quando, quando não pega nem nota. Se acomodando por conta a mango e...
  5. 5A Milonga é Meu Cavalo
    A milonga é meu cavalo. Meu motivo musiqueiro. De calar e conversar. Não tem nada mais gaúcho. Dá serviço até pro cusco. Milongueando pra matear. Enquanto escrevo a la cr...
  6. 6A Troco de Nada
    São ledos os tições do lamento e da inevitável tristeza. Quando a vida arrasta os arreios com seus fantasmas campo-fora. Tem horas que gente se ausenta depois de quase perder a est...
  7. 7Abrindo Cancha
    Quando um chão batido campeiro. mete um pandeiro na charla. A cordeona incha a garupa. despeona e lá vai pedrada. A guitarra arranca guanxuma. donde se apruma a rodada. Deixando a alma manea...
  8. 8Acasos e Ocasos de um Cambicho
    Uma cama de vento, um par de arreios. A estrada real e os rumos, por capricho. Deixando o coração perder os freios. Aos acasos e ocasos de um cambicho. Minha alma está enredada nos arre...
  9. 9Amadrinhando
    Não te assusta, “mana-véio”. e apura o baio nos ferro. pra que se queixe no berro. se manoteando na cara. Se acaso apanha e dispara. não afrouxa, nem que perca. que eu n&#...
  10. 10Ao Trote do Pingo Baio
    O tempo “veio” desaba em chuva, trovão e raio. e ao trote do pingo baio me vou corredor afora. Até o tinir da espora ia templando no espaço. quedou-se junto do aço pr...
  11. 11Aprendizado
    Recuando alma à dentro. Onde a charla é mais sentida, Ando cortando alça de gaita, Floreado da lida. Trazendo a mala nos tentos. De pouso em pouso. Tocando a vida. Com uma prosa sincera...
  12. 12Assim No Más
    Por conhecer a lida que a vida me deu. meu galopar de moço, escaramuça de dor, quando te vejo vindo, meu fruto da mata, arrastando alpargatas carente de amor!. Parece que o silêncio das...
  13. 13Baldas de Campo
    Um colorado, delgado e “costeadão”. se “arrasto” frente ao galpão. quando sentei o baixeiro. Que mal costume. pra um cavalo quase feito. pois não se perde o...
  14. 14Batendo Casco
    Num trote fronteiro de atirar o freio, vou topando o vento, só por desaforo. De ganhar a vida num gateado oveiro, loco de faceiro, junto dos cachorros. Pelo campo-fora, pelas campereadas, apresil...
  15. 15Bem Campante
    Bem campante. Compadre essa milonga anda de novo. Co´a alma acolherada o tempo todo. E eu gaúcho tosando o cavalo encapado. Embaixo de um cinamomo. Compadre essa milonga anda lindeira. Perde...
  16. 16Botando Na Rédea
    Quando no quedamos pensativos. Pelos pelegos da arte entre um mate e outro. Pouco importa o costeio, o canto chorado. Botando na rédea a palavra acha a volta. Murcha as orelhas e se acolhera nos...
  17. 17Cabanha Toro Passo
    Lindera ao passo velho do Toro Passo. Desde os tempos da linha férrea. Passando o bolicho do Gaiola, A vida lá fora. Vista do "Arroio do Fundo", Me cala fundo. Quando apeio ali, na...
  18. 18Campereando
    Na charla dos milongueiros, contraponteando o silêncio. Eu sempre digo o que penso quando o violão me golpeia. E me garanto por terra campeando as coisas do campo. Sem molestar o quebranto d...
  19. 19Campo e Fé
    É coisa braba. quando um bagual se embodoca. mete “as pata” na cangalha, esconde a cara abrindo toca. Parece que o chão se muda, vai pra riba do chapéu. e a gente tem a im...
  20. 20Campo Rimado
    Eu trago emalado em meus versos. cabeçada, bucal, peiteira, rabicho. Preparos, trançados, ponteados, e um toque rasgado. de gaita no ouvido. Encontros de pampa e cavalo. nas pechadas do temp...
  21. 21Canção do Verde
    O meu cavalo sabe aonde é a luta. Sabe escolher o verde que desfruta. Nesta colheita amarelida destas limitações. O meu rebento é quem abriga o gado. Campo dobrado onde meu sul gal...
  22. 22Cancha
    Deito o corpo na presilha. Firmo o laço, meto um tombo. Sou do lombo do cavalo. E o pealo é minha poesia. No caminho em que me encontro. O tema não tem reclame. Fronteira não tem a...
  23. 23Carneada
    A estância acorda mais cedo um galo canta mais forte. Um ventito puxa o norte pras barras da madrugada. No galpão a peonada toca uma charla entretida. Que depois da recolhida vão lidar...
  24. 24Cascoteado
    Eu nasci no Toro Passo, me criei no aferidor. Aprendi quebrando casco às voltas do corredor. Não suporto o arruaceiro e o barracho me dá asco. Criei vergonha na cara vendo os outros faz...
  25. 25Cavalos de Muda
    Quantos cavalos de muda atravessei no passo. Só pra chibiar alma adentro “cosas de mi flor”. Mal dos encontros o tempo anda sem freio. Pra retomar ao potreiro onde enfrenei meus luz...
  26. 26Chamameceiro
    Como se a escuridão trouxesse luz. Como se o coração fosse explodir. Mastiguei a fala, negaceei a mágoa. Só pra ver a lágrima feliz. Quis amansar a dor, me vi pela vida....
  27. 27Chamigo
    CHAMIGO. Assim como a argola da cincha não tem canto. A campo o verso responde regional. E ainda sova o bocal com sangue se precisar. Assim como a tala do mango da refrega. Logo depois da doma ve...
  28. 28Cismas
    Não rodei estradas pra colher lamentos. Nem somei auroras pra ser como o vento. Quis virar saudade num quinchar de esperas. Pra sestear nas nuvens e acordar quimeras!. Não tirei da estrada o...
  29. 29Com A Cambona Nos Tentos
    Quando me chateio com uns troços. Dou de mão no violão, E me atraco a fazer musica. Botando o coração na conversa, A cambona nos tentos e o sul na garupa. Quando a solidã...
  30. 30Com A Lida Ao Tranco
    Uma cantiga estradeira de marcha batida. Uma tropilha tordilha pras léguas de chão. O vento açoitando meu rumo nas franjas do pala. A história vivida não cala o que ficou pra...
  31. 31Com Ciscos Nos Olhos
    COM CISCO NOS OLHOS. Poesia de MAURO MORAES E QUARTETO MILONGAMENTO. Meu radinho de pilha toca de tudo, tudo que eu acho bom!. A lembrança de amigos nos discos, o pago enfim,tudo o. que me faz fe...
  32. 32Com Todas As Letras
    Quando me chateio com uns troços. Dou de mão no violão. E me atraco a fazer música. Botando o coração na conversa. A cambona nos tentos. E o sul na garupa. Quando a solid...
  33. 33Como Passa
    Como passa a vidinha, que tal?. Como vão as coisas?. Lidando em mangueira deu ganas. De recambiar uns troços. Um lote de boas novas, uma ponta de prosa. E à cerca do assunto, o zé...
  34. 34Cuia E Cambona
    Um rancho, um livro, um pátio, uma milonga. Um pingo bueno no buçal. O gado pampa pela volta. E a prosa um tanto mais regional. Um verso, um resto de poesia, uma alegria, Um chasque escrito...
  35. 35Cuidando O Campo
    Meus olhos se perdem longe, cuidando o campo e o gado. Por várzeas e coxilhões, entre horizontes dobrados. Nos meus olhos razos d´água todo este verde se estende. Imagens de encher...
  36. 36De "metê" o Cavalo
    Um ranchito velho firme na canhada. que fumega a noite, pela lamparina. E o sol desencilha no pago fronteiro. por detrás dos cerros, tisnando as retinas. Se vamo, parceiro, pra um baile de campo....
  37. 37De Bota E Bombacha
    De bota e bombacha. Um sul de verdade campeia em meus olhos. De bota e bombacha montado a capricho. De alma amansada curtida da lida. Com a doma da encilha na ponta dos cascos. Um sul de verdade galop...
  38. 38De Cano Cheio
    Bamo sampar de cano cheio, paisano. Quem tem tutano, não refuga os "boca-atada". Se é pra nos darem a bolada. Que mangueiem bem ligeiro. O potro mais caborteiro. E pretensioso da m...
  39. 39De Uruguaiana A Santana
    Uma boinita tapeada, uma prosa arrastando as garras. Uma paz que amadrinha, uma baita vidinha e um chibo nas brasas. É a luz picaneando o dom, no tom do bom do meu camperear. É o sul encharc...
  40. 40De Vida E Tanto
    Eu mesmo faço o meu mate e às vezes tomo sozinho. dou alma pro pensamento que nunca sai o costado. depois recorro os limites, buscando algo disperso. pra então fazer um verso que tenha...
  41. 41De Violão E Gaita
    De violão e gaita. me vou mundo afora. campeando o agora. das coisas do pago. comigo os amigos. de prosa e de mate. e alguma saúdade. berrando com o gado. dou pasto pra alma. me afirmo ao lo...
  42. 42Deixa Pra Mim
    Égua veiaca, uma bragada. que me deram, mandava basto num. corcóveo distorcido. E meu ponchito. perfumado de morena. linda açucena deste. rincão florecido!. Numa estanzuela. de fro...
  43. 43Desconstrução
    Uma falsa poética na cara do dia. Uma ausência de ideias no vácuo do olhar. Uma runha mesquinha escrita na fala. Carunchando as pegadas de patas pro ar. Tenho um estranhamento trancado...
  44. 44Do Fundo da Alma
    A lágrima que por engano entristece o canto. Que em outros tantos faz de um quebranto. Parelha e canga sem machucar. No fundo ri da minha cara, encendeia a alma. Fazendo farra, arrumando a sala....
  45. 45Doble-chapa
    Enquanto preparo na estica. um lenço encarnado. uma “bombachita”. Campante me tapo de gaita. doble-chapa. num rasguido. Sou donde cochila bailanta. entreverada de hermanos. E uma es...
  46. 46Dobrando Os Pelegos
    Dobrando os pelegos. Me vou a cavalo de mala e cuia e se deus quiser. Costeando a cerca co´a alma presa num chamamé. Me vou a trote no serigote deste gateado. Que embora curto gruda o clinud...
  47. 47Dos Arreios
    Sou dono dos meus arreios. E é deles que eu vejo o mundo. Seja no campo do fundo. Ou no potreiro da frente. Foi neles que me fiz gente. E aprendi todo o serviço. E a honrar os compromissos....
  48. 48Em Cima do Laço
    Pode chiá a chaleira. Pode incendiá o galpão. Pode rapá as panela. Pode tudo coração. Pode lavá a égua. Pode achá que tá bom. Pode enchê a cara....
  49. 49Entoadas de Vento
    O vento que choraminga. Essa calma de neblina. É o mesmo que faz retoço. E maçaroca nas crinas. Que venta contra arame. Sonando coplas campeiras. Dessas que abrem caminhos. Contra o fec...
  50. 50Estampa Antiga
    Empurro a corda no clarear da madrugada. numa gateada frente aberta de respeito. Pealo botado, daqueles de toda trança. esta é a herança, que eu trago dentro do peito. Chapéu tapea...
  51. 51Estampa de Peão Fronteiro
    Uma perdiz " a lo largo". Voa e assombra o bagual, Vou tenteando no bocal. E deixo o potro sentado. "Afrouxo" o corpo, e entonado. Faço um bichinho com a boca. Por que um sust...
  52. 52Estância do Pessegueiro
    Na estância do pessegueiro. "Beiçudo" não se governa. Se "hay" bagual caborteiro. Tem "nego" que afirma a perna. Na estância do pessegueiro. A madruga...
  53. 53Estrada Nova
    Presa às argolas do freio. Passando por traz das orelhas do pingo. A inspiração tenteia na boca das horas. O focinho do tempo. Solta no meio do mato. É clareira perdida campeada no...
  54. 54Eu Conheci João Hortácio
    Eu conheci João Hortácio. muita gente conheceu !. Ele era parte do campo. porque o campo era seu. Viveram da mesma sina. - quando um precisa outro ajuda -. uma simbiose de pampa. que só...
  55. 55Feito O Carreto
    Feito o carreto. Meu compadre toca essa milonga nova feito negro véio. Meu compadre trova que o dedo de prosa anda mixuruca. Meu compadre abraços tocando pro gasto tá feito o carreto. N...
  56. 56Fim de Mês
    Fim de mês, é minha vez, outra vez ao teu encontro estou indo. Pra rever o teu sorriso infindo e também beijar os teus lábios tão lindos!. Fim de mês, estou feliz! Os meu...
  57. 57Flor de Trevo
    Sentei o pêlo, botei o cavalo na sombra, Milongueando "despacito". E pensativo fiz da alma minha culpa escrevendo, Uns "versitos no más". Sevei um mate pura folha e ma&#x...
  58. 58Fronteira
    Vez por outra alguma tropa. se perde sem deixar rastro, leva sementes de pasto. pra brotar em campo “ajeno”. Volta e meia algum “moreno”. no altar de “una pulperia&#...
  59. 59Fronteira Seca
    Fronteira seca donde o marco ronda a linha. E égua madrinha ao cruzar bate campana. De Masoller a Punta Upamaroty. Se estendem “así” rastros de tropas, Sant'An...
  60. 60Fulanos E Sicranos
    Pensei que fosse um galope, um sonho de-à-trote, acariciando de toda esta milonga sem rima, que enrudilhada nas crinas, rejeita tudo que dobra. Podia ser de-à-cavalo, este entono de galo, es...
  61. 61Garoa Com Vento
    Pelos caminhos, caminho campeando à toa, recorrendo mato e sanga. se a estância me precisar. De vez em quando, quando bate uma “garoa”. como quem vai pras “pitangaȁ...
  62. 62Gateado Bragado
    Neste Gateado Bragado. que domei com devoção. De rédeas firme na mão. sei que ando bem montado. Tem o nome “Apaysanado”. e a marca da “Don Dilon”. For&#...
  63. 63Gineteada de Basto
    Cavalo aporreado, puxa pro palanque. Aperta os basto num pelado sem pelego. Vai a rédea na argola do bucal. E uns lacaço fora do tempo. Tem gente fabricando aporreado. Monta duas, três...
  64. 64Interioranos
    Eu nunca calcei os sapatos de alguma aflição. Nem nunca troquei a mobília do meu coração. Até escrevi às paredes ao dar de beber à raiz. E fiz do impossíve...
  65. 65Lá de Fora
    Quem dá de rédeas governa o cavalo. Quem de já hoje ainda há pouco. Quem desencilha tira os arreios. Quem descogota sai do lugar. Quem desembesta renega o freio. Quem desarrolha es...
  66. 66La Pucha Que Gineteada
    La pucha que gineteada. Botou o Neco na alazona. Que se assustou das choronas. Pacholentas tagarelas. Logo adiante da cancela. Se arrastou que é uma quatiara. E já levou as mãos na cara...
  67. 67Laço, Cucharra E Grito
    Quando emborco uma cucharra. Num potro que corre solto. Costeando um taipão de pedra. De um mangueirão de fazenda. Meu laço lambe o focinho. Pra depois cerrar nas mãos. O urco d&#x...
  68. 68Lagoão do Potreiro
    O sausal num vai e vem. Adorna a aguada do rancho. Avista quem chega manso. No quadro curto das casa. Uma oveira pede vaza. Num tranco de quem vem vindo. E a barbela vai tinindo. Recostando o freio n&...
  69. 69Lástima
    Me atrevi perguntar a peonada de prosa, O que faço da vida. E entreguei a palavra do meu coração, Ao violão que aguardava num canto do rancho. A questão é saber, se deixa...
  70. 70Lavando A Égua
    Empeçando no serviço. Bombeando as barras do dia. A saudade lambe a cria. Vertendo água dos olhos. E se acampa nos rodeios. Campeando os "zainos" da alma. "recáus&qu...
  71. 71Madrugada Posteira
    Quando a noite sente as dores do dia que vem nascendo. A madrugada posteira me pega fora da cama. Pra mim vem berrando o dia, rezo três ave marias. Pra senhora do socorro. Passo uma água na...
  72. 72Manada
    A primavera gaúcha. Estende um manto de flores, Alvoroçando os amores. Da pampa continentina. Brilham sorrisos de china. nos ranchos e nas ramadas. E ao longo das invernadas. A eguada troca...
  73. 73Mandando Lenha
    Olha aqui seu moço. Faz tempo que eu torço. Pra não chover. Remendando o cabresto. Eu faço meu tempo. E tento viver. O charque que eu tinha. Atado no arame. Pra ressecar. Se empapo...
  74. 74Melodia E Charla
    Meu amanhã. é um mate de cambona. lavando a alma. É o violão. num verso de fronteira. tocando a estância. É melodia e charla. num fundo de invernada. É a poesia. nou...
  75. 75Metendo Corda
    Quando assovia meu laço. esparramando rodilha. argola, ilhapa e presilha. vão conversando no espaço. Seguindo o mesmo compasso. tenteio buscando “uns toco”, e não se...
  76. 76Milonga Abaixo de Mau Tempo
    Coisa esquisita a gadaria toda, penando a dor do mango com o. focinho n'água. o campo alagado nos obriga a reza, no ofício de quem leva pra. enlutar as mágoas. O olhar triste do ga...
  77. 77Milonga de Compadre
    Atraca essa milonga. meu compadre veio. mete o cavalo que o rio da passo. atola na várzea até chega na junta. e de poncho nunca. mete os burro nágua. Ela enche os tubo. feito pau de enc...
  78. 78Milonga de Outras Bandas
    Milonga de outras bandas, Milonga de outros carnavais. Milonga nem sei das quantas, Milonga “criolla” no más. É canto que anseia, melodia larga, amores, tristezas. Terra, front...
  79. 79Milonga de “levá” Por Diante
    Larguei solito. a campo fora num despraiado. Baio sebruno. pelo de lua, lombo riscado. Trago de tiro. um cola chata que faz costado. Largo por diante. o pago inteiro por descampado. Estampa “ga...
  80. 80Milonga do Meu Assado
    Milonga toda proseada, moldada pro meu rebanho. Me tira uns troços do olhos que eu posso cantar chorando. Milonga solta das patas, repara como eu te levo. Compreenda as coisas que escrevo nos ven...
  81. 81Milonga do Meu Rosilho
    Meu rosilho se resolve topar parada comigo. Não há quem diga pra ele que nós dois somos amigos. Vem da invernada rachando num estadão que é uma tronqueira. E passa a noite esc...
  82. 82Milonga do Touro Passo
    A milonga retempera mistérios que trago em mim. Abre horizontes sem fim, dá asas aos meus anseios. Quando entropilha floreios no encordoado das guitarras. Por isso quando eu escuto o som que...
  83. 83Milonga Pra Te Lembrar
    Eu tenho uma palavra milongueira. Musiqueira quase impossível de enfrenar. Que às vezes num aparte de mangueira. Milongueia até sangrar. Escrevo quando alguém mangueia um verso. Re...
  84. 84Milonga Véia Gaucha
    Uma enxugada nas vista, uma chuleada pra riba. Uma adulada na prenda, uma atracada no mate. Uma milonga das buenas, uma ponchada de amigos. Uma gateada de tiro, um quero-quero de alarde. Uma saudade t...
  85. 85Milongão de "juntá" Vaca
    Um baio, dois doradilhos. e um gateado cara branca. mostrando graxa na anca. de laço atado nos tentos!. Eram dois brancos, dois negros. o capataz, três campeiros. cimarrons e ovelheiros. e o...
  86. 86Milongueando Uns Troços
    Era inverno sim, eu perdido em mim. Rabiscava uns versos pra enganar a dor. O tédio, o pranto, o tombo. E encantava mágoas milongueando sonhos. Mas havia em mim, um cismar doentio. De agrada...
  87. 87Mouro Negro
    "Embodocado dos bastos. Um mouro negro orelhano. Morde o bocal desconfiado. Provando a primeira encilha. Domador à moda antiga. Atento à lida que leva. Só depois de alçar a pe...
  88. 88Na Boca do Brete
    Uma cevadura de mate. Um cavalete encilhado. Uma cuscada na volta. Um capão gordo carneado. Uma paisagem gaúcha, A pampa pra toda lida, E uma milonga campeira, Gambeteando as maçanilhas...
  89. 89Na Folga do Pingo
    Baldo a campanha tomando um mate ensimesmado. E apeio a palavra debaixo da aba do meu chapéu. Cambona no fogo fogão de lenha charque gordo. Fumo de rolo palha das buenas e um violão. Na...
  90. 90Não Pude Mirar Teus Olhos
    “Cuepucha” negra xirúa. não pude mirar teus olhos. em direção ao palanque. me fui ao tranco do baio. O negro escuro da noite. se salpicava de estrela. me fui tristonh...
  91. 91No Osso do Peito
    É tento de outra lonca, essa milonga. Que passa no passo da prosa a bolapé. E é pouco laço pra esse verso pampa. Criado em campanha a cavalo ou a pé. Tapado de pasto, meu rast...
  92. 92Num Interior de Município
    Encilho um pingo bueno bem a preceito. Bombeando a estrada. Saio ao tranquito, de marcha troteada. Firmando o passo. Descompassado, o tempo se apresenta. E se sustenta em tudo que eu não tive. Da...
  93. 93Numa Volta de Tropa
    Numa volta de tropa me vou “despacio” e satisfeito. Nem sei direito porque me veio esta lembrança. Ando de poncho emalado cuidando uma manga d´água. “Carregadita&#x...
  94. 94Numa Volteada Campeira
    La pucha que a lida é buena. Na volta de uma pegada. Saio pra o campo disposto. Ao recorrer invernada. O laço atado nos tentos. No costado a cachorrada. A zebua preta pariu. Um brasino na ma...
  95. 95O Corte
    Mas oigale-te porqueira. tivesse metido pura. sempre me disse o chibeto. conhecedor das tonturas. - Se tu não tem um bom corte. é melhor tomá ela pura. Luzia baixo da lua. meu cavalo co...
  96. 96O Meu Mouro Leva Moça
    Apertei a sobrecincha. contra um pelegão “vermeio”. na sombra de um aba larga. de quase palmo e meio. Atirei o poncho no ombro. que esse meu pingo é arisco. um mouro-pampa crio...
  97. 97O Pago Em Coplas (colcha de Retalhos)
    No verão, céu estrelado, deito embaixo da carreta. A saudade não se ajeita, vem deitar no meu costado. Mania dessa guitarra cantar tropas, rondas, potros. Um verso puxando os outros at&...
  98. 98O Rancho
    Logo ali neste rincão há um rancho de alma e poesia. Que renasce a cada dia à sombra de um tarumã. Tem flores no parapeito, paredes alvas caiadas. E um silêncio que por nada s...
  99. 99O Sul Por Vida
    Como se o sorriso me enxugasse os olhos. Como se o destino me apontasse o mundo. Amontoei os troços apalpando a gaita. E descobri o pago em cena. Encilhei o cavalo e me toquei pro campo. Se n...
  100. 100Palanqueiro
    Tosado contra o sabugo. Com ares de pulseador. Troca orelhas, sona as ventas. Pescoceiro e sentador. Entre o cavalo e o ginete. Que "gaucho" palanqueador. Uma faixa branca e celeste. Outras...
  101. 101Pampa
    A pampa não se liberta. Às comparações de um aprendiz. Que não sabe que ela é um país. Ele põe o nome de uma janela viageira. Que sempre é estrangeira da j...
  102. 102Pampa E Fronteira
    O para peito das “casa”. cortado ao vão da cancela. um sonido de barbela. parido no mesmo embalo. Quando tranqueia o cavalo. no rumo duma invernada. atiço junto a cuscada. deix...
  103. 103Passando O Laço
    Eu quando proseio comigo. encontro um amigo. de alma, querência. de mate e galpão. E às vezes olhando as pessoas. as poucas e boas. compreendo a que venho. tocando violão. A est&#x...
  104. 104Pelando A Chiba
    Tirar pela garupa alguns amigos quando a estância anda a pé. É o mesmo que tirar as coscas a laço de um gateado pangaré. “La pucha” patacoada mais grongueira est...
  105. 105Ponteio de Prosa
    Passei a noite tocando violão. Agradecido da vida aparecida. A lua me fez costado. E eu madrugado era só coração. A saudade por diante era invernada. Cercada de campo, quase nada....
  106. 106Por Cima da Gaita
    “Hasta luego”, comadre saudade. Vou firmar o galope noutra freguesia. Vou de mala e cuia repartindo uns troços. Cutucando a alma pra campear poesia. Sigo despacito só pra o meu...
  107. 107Quando Aperto Um Mate
    O galpão é o interior da gente. quando aperto um mate. afago a alma. É onde o desamparo da saudade. enxuga as vistas. É a memória ao pé do fogo. lendo o pensamento!. ...
  108. 108Quando Descanso da Lida
    Quando descanso da lida. Meus sonhos eu cabresteio. E escuto as notas de anseio. No canto que o vento entoa. (O baio que me carrega. Nem sei por onde se mete. Por vezes me leva ao brete. Por outras me...
  109. 109Que Bueno
    Que bueno!. É ajeitar um mate depois da lida. Com a alma lavada, olhar para a frente das "casa". E ver o retoço da linda potrada. Um borreguito de campo. Mostrando seu mundo. No al...
  110. 110Quieto no Meu Canto
    Eu andava quieto no meu canto. Milongueando, lendo e escrevendo. Atravessando o sono, entrecortado, destaperado. De mim mesmo. Andava nos mates de uma vida inteira. Nas invernias, de aquecer cambona....
  111. 111Ranchitos
    Caminho de areia. de um tempo perdido. na beira do passo. que lindo que está. Com ranchos de taboa. e jardins floridos. com almas de pampa. povoado se faz!. Cada qual ranchito. semente de vida. n...
  112. 112Retrato Gauchesco
    A bandeira do Rio Grande. vem tremulando na frente. um taura puxa o piquete. “pata aberta”, bem montado. Sombreiro negro tapeado. o olhar mirando “lejos”. num retrato gauch...
  113. 113Rincão Fronteiro
    Que gauchada quando topo o arvoredo. De manhã cedo no volta do corredor. E já o moreno bombeia cruzando o reio. Contraponteio nas potras de um domador. Que gauchada a cachorrada que me encon...
  114. 114Rodada
    Sereno é o trote. que largo direito ao campo. revisar gado. em cerro e boca de grota. Largo solito. num jeitão bem altaneiro. tento de espora. cinchando o couro das botas. Uma terneira. braz...
  115. 115Romance Milongueado
    Este meu cantar milongueado. Um tanto passado, um tanto presente. Sente quando a alma se guarda. Ou rasga uma armada, no rastro da gente. Este meu campear figurado. De pingo encilhado e marca campeira...
  116. 116São As Armas Que Conheço
    Um lombilho, um baixeiro, cincha, peiteira e rabicho. Buçal, cabresto e maneia e uma espora garroneira. Mango, rédea e bocal são as armas que conheço. Pra fazer um cavalo manso qua...
  117. 117Sistema Nosso de Casa
    Dá uma trocadinha no rádio minha santa. Que eu quero ouvir uma milonga bem bagaceira. Comendo bolacha com marmelada. E uma costela fria de ovelha. Vou dar uma dedilhadinha no pinho com carin...
  118. 118Tapeando O Sombreiro
    Quem sabe os gaúchos, os homens do sul, da serra ou missões. Um dia por certo vão cantar para todos e falarem daqui. Quem sabe a campanha, a fronteira do pampa aqui do garrão. Um d...
  119. 119Tchau E Gracias
    O que se passa? Pra onde te atira galponeira, flor de campeira?. Indago “temprano” a minha guitarra. Fumaceando um pito, “mirando lejos”. Onde milogueiro rumbeio a estrada....
  120. 120Tempo Feio
    Tempo feio. Ala maula que tempito cabuloso. Nessa garoa galopeada de minuano. De quando em vez o temporal arrasta o toso. O que me salva é esse poncho castelhano. O ramenzone vai guapeando a chuv...
  121. 121Tombo e Marca
    Se o laço que corta espaço. não “encontra” as “mão do casco”. Tu deixa, no más, que aperto. pois meu tirador por certo, - Vai se encontrar com a pa...
  122. 122Trancando O Garrão
    Bueno. Pra quem casereia milongueando pro gasto. Campeia o que pensa na aba dos bastos. Bota o cavalo na sombra, palmeia uma cuia. E nem que a vaca tuça entrega os pelegos. Sempre quem cuida do r...
  123. 123Treze Fletes
    Neste viver transumante, treze cavalos montei. Treze pelagens distintas, os treze fletes de lei. Era rosilho o primeiro, pêlo de brasas dormidas. Que se recolhem de cinzas velando noites comprida...
  124. 124Tropa Mansa
    Cada palavra que eu canto é tropa mansa. que por diante vai levando o que eu falo. E se a tropa anda lenta e vai com jeito. é pra dar folga pra boiada e pros cavalos. A minha tropa de bois m...
  125. 125Um Gaúcho Pega A Estrada
    O patrão ontem, vendeu a velha estância. E os sonhos que eram meus foram também. Léguas e léguas de silêncios e de campo. Que eu há tempos conhecia muito bem. Cavalo...
  126. 126Um Milongão Dos Veiaco
    Um milongão dos veiaco. Aba larga retovado, pala de seda no braço. E o choro fino do aço das chilenas no garrão. Encilhei um milongão, não vi que era dos veiaco. E sacudi...
  127. 127Vivendo A Campo
    Não me palpita te esquecer ao menos. Nem me desperta andar pelas cansadas. Nossa poesia anda melhor por dentro. E a boa vista é achar nova morada. Não me espanta mais o teu silênci...
  128. 128Zainito Pica-flor
    Que atrevimento d’um Zainito pica-flor. contra a cerca de um corredor. quis “dispára” com os “arreio”. Vinha num tranco. sofrenei “boleei” a perna...
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