Letra da Música Dias de Marcelo Dhelete

Hoje nasceu nublado, pessoas não cumprimentam
Olhares não se cruzaram e corpos não se alimentam (é)
Somos humanos, traídos pela sua fé
Colhemos o que plantamos, não foi essa intenção né
Nada por dentro, tratado como excremento
Lutaste por um sorriso, curaste seu mal por dentro
Como revigorasse e durasse um minuto só
Sonhos, eram vidraças quebradas num sopro só
Somos a mão que estende e retrai-se ao mesmo tempo
E num ato de inconsequência perdestes esse momento
Pergunto, é instinto ou herdamos isso do leito?
Porque diante do rei, ainda seremos perfeitos
Além do que é real, sei bem se lhe faz mal
Não tem? eu vou buscar te trago o escencial
Flores secam e caem, forças abriram mares
lágrimas foram secadas, sorrisos você quem faz

Dias, estamos bem
Dias, estamos mal
Dias, estamos sem
Dias, nenhum real

Ora, quando tá bem
Ora, quando tá mal
Ora, quando tá sem
Ora, nenhum real

Achei a vida numa estrada onde não havia mais
Usei todas as cartas não posso voltar atrás
Pisei, o solo é fértil e cultivamos amor
Porque? se ele perdoa absolva o ser que eu sou
Gritamos seu nome em vão, pecamos sem ter noção
Somos o resultado de uma puta indecisão
O fruto consumido sem sua concepção
Seu castigo sim, consequências de quem deu a mão
Sinais são cicatrizes marcadas á ferro
Virais, somos a gripe que expande no berro
Sem mais medo de altura subir quanto eu quero
E trazer luz pra aqueles que nunca tiveram
Silêncio cala, somos a fala da indiferença
Soldados todos armados um tiro de condolência
A paz foi atingida e quase sem respiração
Digo, se for preciso pode levar meu pulmao
Abrigo dessa maldade é uma cabeça vazia
Passam anos sem viver até que se acorda um dia
Pegadas, são as marcas que deixaram aqui
Derrubaram nosso império antes de 'nóis' construir