Letra da Música Amazônida de Gíria Vermelha

O canto da morte ameaça o silêncio
E quem abre a boca contra o repertório
Nossa vida comandada de fora pra dentro
Ratazana só almeja o benefício próprio
Vosso desenvolvimento
Nunca nos envolve
Esses porcos no governo promovendo fome
Acha que a nossa história
cabe na porra cofre?
Se é contra a vida filho da p***
Porque não morre?
Simplesmente morre
Vim f**** a nova geração de Médicis
Sem magic, me cansei do verme fih
Somos quem luta em capricho
Pra não ter que ser capacho
Por João Pedro Teixeira
E por cada um que resiste
Isso é pelas comunidades do campo
Ameaçadas pelos corvos tiranos
Vista grossa, emanando resistência
Vida longa sumano
pra não termos que passar fome
pelos centros urbanos. Não
"Homens sem terra pra terra sem homem"
Isso é lógico
Depois que se mata crianças mulheres e homens
Se assusta ver a chacina que a mídia resume
Imagina quantos morrem e esses pelas esconde
Só covarde como Jader, compadi
No quesito grilagem 10
Sou a volta de Antônio Vinagre
É a Cpt do Rap sem pelegage
Com ácido Pcp no brinde à politicagem

Quem explica o sumiço das meninas
na transamazonica?
Os Brigue palhaço diário, me conta
O mapa que não consta as comunidades
Das aldeia, quilombo que findaram em chama
As ideia já vem pronta
F**** as cultura
Importante é grana
F**** os rio
Importante é grana
F**** a vida das criança
Nesse jogo importante é grana
Não valemos uma saca de soja
Onde o agro é tudo nós não somos nada
Enquanto a Globo late pela bolsa em alta
Eu falo da família morta envenenada
Quem é que paga?
Eu tô do lado de quem deu a vida tipo Oziel
Não quem paga pra bater panela de arranha céu
Eu sou quem paga a sua conta
E a minha conta
E no final das contas sento no banco dos réus
Eu não tô cansado fih
Eu tenho braço fih
Enquanto posso ler eu tô armado sim
Por trás do riso claro eu vi
O retrato dos garimpeiros no Vale do Javari


Sumano Euller