Letra da Música Introdução - a Fita de Caxxa 13

Guto Braum
A hora é essa, fechou o tempo
A rua abriu a jaula e soltou os detentos
Macaco velho não mete a mão na cumbuca
O chimpanzé e o gorila tão armando as arapuca (uha)
Quebrando galhos, pixando muros
Primata racional contra ser humano burro
Filho de ogum sou, guerreiro da selva
Treto com o mundo pra acabar com essa guerra
Em meio a trevas, terremotos, furacões
Bato no peito tão forte que afujento os leões
Al-kaeda, king kong, terrorista de aviões
Macaco prego, com martelo especialista em mansões
Sim, não pago mico
Esse leão dourado eu encontrei
Derrubei e matei no grito
Não minto
Não tenho sete vidas, mas tenho treze sentidos
Pronto pra revolução meu medo foi extinto
É natural, um bando de babuinos descendo a porrada
Nos canas da guarda florestal, que tal?
Aqui tem pra troca, o terror quem toca, já disse
És guto braum, pique marginal
Não há crime sem sei, nesse mundo animal


Talão
Então quebre as correntes modernas, da selva
Pra não ser um primata, viciado em pedra
Corre, escala os muros, começa a revolução
Melhor que ficar igual peixe enlatado no vagão
É o gorila na fita chapado, vacila que arranca o braço
Me passa logo esse maço que o tempo ta embaçado
Eu vejo o caos, eu vejo a chuva
Para de chupar o mic que meu mic não é de uva
Mas ó, essa balbúrdia não é regresso
Na bandeira nacional é
"abaixa as calça e faz sucesso"
Eu contesto, motivo do manifesto
É que a sua evolução é ver meu povo comer resto

(pra cada madeiriti que se ergue e se junta ao império
Um verso sai do seu estéreo
A favela é uma mina grávida de pai estéril
E o estado deu a brecha do adultério)

Por isso, assumo no compromisso
Bitucas com bananas na beira do precipício
O macaco que é sabio, só miséria de hora-aula
E a se a revolta gera treta é você que vai pra jaula

(tutor ou tutelado, talvez cego
Lesado levado a crer no que precisa
Pra aceitar o que não pode ser mudado...)

Como um enquadro maligno, na porta do condomínio
É porte de alumínio, pra afugentar vampiro
Que te suga e você urra
Vai pra sepultura
Pé de breque, fala que, fala que faz cultura
Então é bomba na metrópole
Direto da colônia
Agora a aguenta a fúria da fauna da babilônia