Letra da Música 20 de Junho de Caê Vimer

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Esquece o tempo que passou
O céu que prometeu nunca foi teu
E só a sombra do teu ego
frente ao fogo treme

Se a Candelária inflama eu tô lá
Se a Cinelândia explode eu tô lá
O caos na Rio Branco
O grito em frente ao banco
O gás encontra peito aberto
O sonho num rosto encoberto

Não há paz pra quem foge à sua luta
Não há dignidade em ser
Escravos do senil poder
Com seus ternos de linho
Com os seus sorrisos cínicos na tv
Na tv

Ah... ah... ah

O palco foi armado no Senado
Mil discursos encenados
Pra tentar te convencer
De que A é igual a D
O teu suor é o que rega esse dinheiro
Eu também quero um canteiro
Pra plantar sem me vender

O sol cansado deita no horizonte
A cavalaria em fronte
Preparados pra moer
Pms, guardas e Tropa de Choque
Lá da esquina vem o Bope
Ih... "o coro vai comê"

Se a Candelária inflama eu tô lá
Se a Cinelândia explode eu tô lá
O caos na Rio Branco
O grito em frente ao banco
O gás encontra o peito aberto
O sonho num rosto encoberto

Não há paz pra quem foge à sua luta
Não há dignidade em ser
Escravos do senil poder
Com seus ternos de linho
Com os seus sorrisos cínicos na tv
Na tv

Ah... ah... ah

Eu não mereço bomba
Não sou teu inimigo
Sirenes cor-de-sangue
Fronteira, perigo!
Ataram minhas mãos mas
Não vão falar a minha voz
Crianças pedem paz
E o homem destrói

Se a Candelária inflama eu tô lá
Se a Cinelândia explode eu tô lá
O caos na Rio Branco
O grito em frente ao banco
O gás encontra o peito aberto
O sonho num rosto encoberto

Não há paz pra quem foge à sua luta
Não há dignidade em ser
Escravos do senil poder
Com seus ternos de linho
Com os seus sorrisos cínicos na tv
Na tv

Ah... ah... ah